28 de abril de 2008

Coreira prá dançar

Creio ser o momento simbólico do giro da saia o dar-se conta da efemeridade do tempo. Como diante de uma grande montanha a de nossa insignificância súbita. O giro é o tempo que venta que passa que se renova e não volta. Pulo e agarro a saia da menina no ar, pensando assim parar este vento que a faz crescer todo dia. O vento da janela me faz correr para casa para vê-la crescer, me faz cultivar finais de semana mirabolantes e cheios de magia e aventura de quintal, me faz refletir sobre a nossa existência que em um giro faz tudo mudar. Venta o bolo de chocolate esfriando na janela e num piscar, venta a nossa dança na sala. A vida de uma mulher sem saia vale muito pouco. Com ela, avançamos mais no espaço ao redor do nosso eixo central. Vento bom para lá e para cá, em todo lugar.

Um comentário:

Anônimo disse...

essa vai para o cd, não quero nem saber!