24 de novembro de 2008

bonito e malvado

Um comentário:

Anônimo disse...

"UMAS GAIVOTAS RONDANDO UM PENHASCO, VI.
INSISTENTES, E SEMPRE O MESMO ESPAÇO.
COM AS ASAS AFIADAS EM INFINDÁVEL TRILHA ESBRANQUIÇADA, A BRANCA CAÇA DE ESTIRADAS PENAS CRUZAVA, INCANÇÁVEL, AS PROFUNDEZAS.
AQUELA IMAGEM NÍTIDA ESPELHADA, O REVOAR DE ASAS DAS ALTURAS, EQUIPARADA ALÍ NA ÁGUA ESCURA TORNAVA TÃO IGUAIS ENGANO E VERDADE, QUE UM CALAFRIO DEIXOU-ME ESTARRECIDO, VENDO APARÊNCIA E SER TÃO PARECIDOS.
E ASSIM, FITANDO À MARGEM AQUELE REVOAR FANTASMAGÓRICO ME PUS A PERGUNTAR: E TU?
ÉS VERDADEIRAMENTE ALADO?
OU ÉS PINTADO, APENAS COPIADO?
VENS ILUDINDO ASSIM COM FÁBULAS,
OU CORRE MESMO SANGUE EM TUAS VEIAS?"

Conrad Ferdinand Meyer (October 11, 1825 – November 28, 1898) )